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Hoje em dia, tempo livre é coisa que não me falta. Falta-me é já a paciência para muita coisa.
Acabei de ler há minutos o jornal do INATEL – Tempo Livre –. Fica-me sempre aquele triste sentir de que o jornal não foi escrito para pessoas como eu, mas sim para uma elite muito fina e muito culta, que, claramente, vive num mundo diferente. Uma minoria no universo dos sócios.
Eu gostaria que o “tempo Livre” fosse capaz de me distrair naqueles momentos em que o manuseio, e até que me desse vontade de recortar uns artigos, para os guardar. Não acontece.
Mas que deveriam publicar para chegar a mim e a todos aqueles que me são iguais, ou ainda mais humildes, culturalmente falando? Quem põe defeitos, deve apresentar algumas opções.
Poderia apresentar alguns artigos de opinião, sobre temas atuais. Estimular a síntese dos dados apreendidos de várias fontes. Abrir mentes.
Poderia continuar a sugerir espetáculos, filmes e livros, dando ênfase ao que se passa no Teatro do Inatel, mas de forma mais abrangente, para chegar a faixas mais extensas de leitores.
Poderia apostar mais nos conteúdos de fruição imediata, de que são exemplo as suas palavras cruzadas e a sua crónica de Mário Zambujal. Mais páginas de jogos. Mais crónicas. Mais desafios à criatividade de quem lê.
Costumo ir de página em página lendo “As Gordas” sem me deter, até chegar à crónica de Mário Zambujal, a que não resisto, mas de que saio amiúde com uma careta. É óbvio que aquele paradigma já está esgotado e que o próprio Zambujal ficaria agradecido se o deixassem escrever algo diferente, algo que conseguisse motivá-lo. Há tantas formas de fazer humor… e precisamos tanto dele.
Entendo que a filosofia do jornal incluirá o pressuposto de que tem que ser isento de tendências, sejam políticas, éticas ou outras. Mas uma excessiva imparcialidade acarreta sempre o risco de se navegar em terrenos de completa improficuidade.
Ler o “Tempo Livre” sabe a pouco!
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